Em entrevista coletiva na manhã do dia 28 de junho, uma sexta-feira, aos órgãos locais de imprensa, o prefeito João Carlos Machado anunciou a redução do valor das passagens do transporte público urbano de Camaquã de R$ 1,90 para R$ 1,75. Boa parte desta redução somente foi possível em função da desoneração do pagamento do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN), autorizada pela Secretaria Municipal da Fazenda às empresas. A nova tarifa começou a vigorar na última segunda-feira, dia 1º de julho.
O prefeito, que se reunira na noite anterior ao anúncio com representantes das empresas de transporte coletivo, explicou que a iniciativa de alterar os valores vai ao encontro dos anseios populares demonstrados nos últimos dias no Brasil, que têm no custo com o transporte público um dos principais itens da pauta de reivindicações.
Ele ponderou, entretanto, que mesmo com a renúncia fiscal oferecida pelo governo municipal, os R$ 0,15 conseguidos de redução também foram possíveis graças à isenção dos tributos federais PIS e Cofins do governo federal e da sensibilidade dos empresários das três empresas que prestam o serviço na cidade: Machado, Puchalski e São João.
O anúncio, transmitido ao vivo pelas emissoras de rádio de Camaquã, teve imediata repercussão na comunidade e na imprensa estadual. Ao lado de João Carlos no Gabinete estavam o vice-prefeito Paulo Mecca, Marco Pires, presidente do Conselho Municipal de Trânsito; os secretários Valter Barros (Fazenda) e Paulo dos Santos (Trânsito), além do diretor da Divisão Municipal de Trânsito, Claiton Dworzecki.
Economia para os usuários
Usuária do transporte público, a dona de casa Bete Miranda comemorava a redução das passagens no segundo dia de vigoração: “Olha, para quem dois filhos que usam todos os dias ônibus para ir e vir da escola essa baixa é uma boa economia sim”, relatou a moradora do Bairro Jardim, cujos filhos adolescentes são estudantes do Ensino Médio na Escola Cônego Walter Hanquet. Mesma opinião tem a prima e vizinha Bete, a também dona de casa Joice Miranda: “Para nós que temos filhos e que temos que nos deslocar seguidamente para o Centro significa dá uma aliviada e tanto sim”, comentou Joice, que integra um grupo de cerca de 6 mil que se utiliza de ônibus na cidade.
Entretanto, melhorias nas condições da frota e a extensão de alguns trechos são algumas das reivindicações dos usuários. Mesmo aprovando a diminuição dos valores do bilhete, Jaqueline de Freitas acha muito curto o trajeto que faz com os seus dois filhos pequenos, da sua casa até o centro da cidade. “As empresas e a prefeitura poderiam ver isso, de revisar o valor de algumas viagens (SIC)”, sugeriu a moradora do Bairro Santa Marta.