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Finalizada a edição 2014 da ExCamaquã, a presidente do Sindicato Rural de Camaquã e coordenadora geral do evento, Maria Tereza Scherer Mendes, classificou como “proveitosa” a feira sob vários aspectos. Ao descontar o fato de o tempo não ter colaborado para ida de um grande número de visitantes ao parque, como era esperado, a dirigente ponderou que todos os eventos programados foram realizados de maneira exitosa.  

Os remates da Fazenda Santa Tereza e da MB2 & Parceiros, que obtiveram excelentes médias e resultados finais, o seminário que tratou sobre as normativas da Justiça Trabalhista, o concurso de gado leiteiro, a participação dos criadores e expositores de animais da região e a alta visitação à Feira da Agricultura Familiar da Região Centro Sul (Fafecs) são alguns dos itens da programação citados pela presidente. A total sintonia entre as entidades que estiveram na organização da feira também teve destaque na avaliação de Maria Tereza.  

Esta foi a 48ª Expofeira, realizada quando o Sindicato Rural chega aos 80 anos de fundação e Camaquã aos 150. para a presidente, o evento anual é sempre o momento de realçar os objetivos da entidade: “Nossa bandeira continua sendo segurada com o mesmo ardor e sob o mesmo lema nestas oito décadas: defender os interesses do produtor e representá-los sempre no que se refere aos seus direitos”, lembrou Maria Tereza, que comanda a atual diretoria há três anos.

A parceria forte com a Prefeitura, Núcleo dos Criadores dos Cavalos Crioulos de Camaquã e Emater também é colocada pela presidente como fator fundamental para a materialização das últimas exposições.

A secretaria Municipal da Agricultura e Abastecimento foi quem mais uma vez organizou e coordenou o Concurso Leiteiro, com a participação e premiação de produtores do município. A secretaria da Cultura também participou com um estande onde colocou objetos e imagens do Museu Municipal Divino Alziro Beckel.  O prefeito João Carlos Machado esteve presente durante sábado e domingo, no parque.   

Em relação à exposição da indústria e comércio, a dirigente diz que mesmo com o baixo público em função do tempo foram feitos bons negócios e cita como exemplo a venda de dois caminhões durante o evento. Ela também chamou atenção para a nova disposição das máquinas e tratores, logo na entrada do parque – isso, segundo Maria Tereza, dá ares de feira à festa, que é sua proposta original. “Mesmo que não tenhamos os números, é certo que muitas destas empresas fizeram seu primeiro contato para vendas futuras aqui no evento”, comentou.

A presidente do sindicato também reconhece a participação das entidades bancárias participantes da feira: Banrisul, Caixa Econômica Federal, Sicredi e Banco do Brasil. Assim como a imprensa, que para ela, também teve um papel relevante na divulgação da feira. A AUD, Associação dos Arrozeiros, ACIC, Sindilojas, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Cosulati, Sesc e  Sistema Farsul, com destque ao SENAR-RS, também são lembrados, assim como os patrocinadores Irga; Camil Alimentos, Prefeitura Municipal de Camaquã, Fortral, Programa Juntos para Competir, Senar-RS, Banrisul, Caixa Econômica Federal, Sicredi, Banco do Brasil, AUD, Afcesa e DPaschoal, que nos deram condições de construir e promover a Expocamaquã 2014.

Além das novas tecnologias oferecidas no setor de maquinários ou no de  inovações da Fafecs, os produtores tiveram a oportunidade de, na sexta-feira (10), acompanhar um seminário de um tema altamente pertinente aos produtores: as normas regulamentadoras trabalhistas do setor rural. Promovido pela Associação dos Arrozeiros de Camaquã em parceria com o Sindicato Rural de Camaquã, Secretaria Municipal da Agricultura e AUD, o encontro trouxe empresários rurais da região, que saíram do sindicato com as várias dúvidas que possuíam eliminadas, após ouvirem e debaterem com  os auditores do Ministério do Trabalho, convidados para palestra. O seminário também contou com a palestra de Paulo César Fernandes da Rosa, do Senar-RS.

Seminário tratou sobre normativas trabalhistas no campo

“Esse seminário, sem dúvida, foi de extrema relevância e serviu também para que alguns posicionamentos fossem externados pelos nossos associados, que possuem dificuldade para entender alguns aspectos, como por exemplo, como um país cujas leis trabalhistas são cada vez mais severas, continua importando arroz de uma Nação como a Tailândia, que não possuí qualquer regulamentação trabalhista e onde sabidamente existe trabalho escravo”, comentou Maria Tereza, que é favor do cumprimento das normas, mas também defensora de uma maior sensibilidade por parte dos  governos.   

 Alex Soares