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A Secretaria Municipal do Trabalho e Desenvolvimento Social (SMTDS) inaugurou oficialmente, no dia 23, a nova sede do Saica (Serviço de Acolhimento Institucional à Criança e ao Adolescente) – antigo abrigo infanto-juvenil. As casas, cedidas pela Ajuris (Associação dos Juízes do RS) e localizadas na Avenida Olavo Moraes, abrigam crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade. 

No ato de inauguração, que contou com a presença do prefeito de Camaquã, João Carlos Machado, do juiz de direito Max Akira e do promotor de Justiça Ricardo Lazzarin, os convidados conheceram as instalações do local. “É um sonho que se consolida, pois desde que assumimos a secretaria, queríamos abrigar essas crianças num lugar mais confortável e digno”, observou Josiane Longaray, titular da SMDS, ao agradecer a disposição da Ajuris em repassar os imóveis ao município, em regime de comodato.

O Saica, que tem na coordenação a psicóloga Renata Maines, possui  capacidade de atender a 20 crianças e adolescentes – a maioria afastada da família pela Justiça via medida protetiva. A estrutura técnica é formada por psicólogos, assistentes sociais e pedagoga, além de contar com duas cozinheiras, duas funcionárias para serviços gerais, duas para rouparia e uma cuidadora para cinco acolhidos, por turno.

A negociação que culminou com a cedência dos imóveis, nos quais  residiam magistrados que atuavam na comarca local, teve a participação fundamental do juiz Max Akira. Atualmente no Foro de Bagé, Akira foi quem intermediou o pleito municipal junto à Ajuris. Tanto a participação de Akira, quanto a do promotor Ricardo Lazzarin, cuja fiscalização e acompanhamento do serviço do abrigo serviu para elaborar um plano de estruturação - o que acabou pesando a favor do município na decisão da associação dos juízes - foram reconhecidas pelo prefeito João Carlos Machado, durante a sua manifestação: “Testemunhamos aqui, hoje, um exemplo real de que quando existe harmonia e consciência entre os poderes, quem ganha é a comunidade”, disse o prefeito ao classificar como “uma ação de sensibilidade” a atitude do Poder Judiciário e do Ministério Público, que resultou no repasse das casas. “Essa é uma enorme ajuda para Camaquã e para esse serviço”, agradeceu.  

Reconhecido com uma placa oferecida pelo governo municipal, Akira narrou o histórico do processo, iniciado ao final de 2012, quando ele assumiu por um período a Vara da Criança e da Juventude: “Foi um trabalho conjunto entre nós e o Poder Executivo, que tinha como norte a vontade de mudar”, comentou o magistrado, ao elogiar o novo ambiente, visto por ele como confortável, salubre e que abrigará muito bem os seus assistidos.

Já o promotor de Justiça, Ricardo Lazzarin, em seu pronunciamento, comparou com magia a mistura de trabalho, amor e humanidade, que segundo ele estiveram presentes na conquista. Lazzarin, entretanto, frisou que o novo status do abrigo só está sendo possível “pelo trabalho e dedicação de uma equipe técnica coesa e com visão humana”.  Tendo isso, completou, “É, sim, possível reverter um quadro problemático, como o que tínhamos nesta casa”.

Homenagens

Também foi homenageada Ângela Ferrão, diretora das Lojas Pompéia, que doou o valor para compra do mobiliário das casas. Também receberam placas as funcionárias Amélia Dettmann e Marta Pereira, pelos 20 anos de serviços prestados ao abrigo. As placas foram entregues pela assistente Social Veridiana Dummer e pelo psicólogo Pedro Luis Borges. Pedro teve sua atuação no processo elogiada pelo juiz Max Akira, a exemplo de Renata Maines. 

A solenidade teve a participação do presidente da Câmara de Vereadores, Ilson Jacobsen Meireles, do delegado regional da Polícia Civil, Vladimir Urach, da delegada de Polícia Civil de Camaquã, Vivian Sander Duarte, de demais secretários municipais e de representantes de instituições e demais entidades locais. 

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Assessoria de Comunicação Social Governo Municipal

Texto: Alex Soares

Fotos: Divulgação

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